Amar não garante não Ser Odiado….

TRABALHO DE CONCLUSÃO CURSO – PERCURSO LIVRE DA ABMP-DF.ORG & PARCERIAS

APROVADO C/ MENÇÃO HONROSA

“Amar não garante não ser odiado”

Eros e Tânatos, pulsão de vida e pulsão de morte
Vida e Morte, Amor e Ódio
Eros – do grego, significa desejo incoercível dos sentidos. Personificado é o deus do amor. O mais belo entre os deuses imortais. O mito Eros evoluiu muito desde a era arcaica até a época alexandrina e romana, do século IX a.C até VI d.C Mesmo com suas múltiplas genealogias, permanecerá sempre, apesar de suas múltiplas indumentárias e disfarces da época alexandrina, a força fundamental do mundo.
Foi contra a tendência generalizada de considerar Eros como grande deus, que Platão lhe atribui nova genealogia, consoante com Diotimia (sacerdotisa), Eros foi concebido pela união de Póros (expediente) e de Penia (pobreza), no jardim dos Deuses após um banquete em que se celebrava o nascimento de Afrodite.
Diante desse parentesco díspar, Eros apresenta caracteres bem definidos e significativos: sempre em busca de seu objeto, (pobreza e carência), sabendo porem arquitetar um plano, (expediente), para atingir o objetivo, a “plenitude”.
Assim longe de ser um deus todo poderoso, Eros é uma força, uma “energia” perpetuamente insatisfeita e inquieta, uma carência sempre em busca de plenitude. Um sujeito em busca do objeto. (Mitologia Grega, Juanito Souza Brandão, pag186-190).
Já Freud, utiliza-o na sua ultima teoria das pulsões para designar o conjunto de pulsões de vida em oposição às pulsões de morte.
Erótico, refere-se às coisas do amor e tem origem no deus Eros, citado também como filho de Afrodite, sendo o arqueiro cujas flechas inoculavam nas pessoas o doce veneno do amor. Heróis, Deuses e Monstros da mitologia Grega, Bernard Evslin.

“O veneno do amor expõe a falta do sujeito” L.M

Tânatos – do grego (Thánatos) tem como raiz o indo europeu alhuen, ”dissipar-se, extinguir-se”. O sentido de morrer parece ser uma inovação do grego. O morrer, no caso, significa ocultar-se, ser como uma sombra, sendo que na Grécia o morto tornava-se eidolon, como um retrato em sombras, um corpo “insubstancial”.
Tânatos, que tinha coração de ferro e entranhas de bronze é o gênio masculino alado que personifica a Morte. Na tragédia grega, surgiu como personagem pela primeira vez na obra de Frínico (sec. VI a.C), mas só se firmou a partir da tragédia de Eurípedes, Alceste.
Tânatos não tem um mito propriamente seu. O combate que trava com Heracles na Alceste e sua desventura com o embusteiro Sísifo, apesar de serem extrapolações de cunho popular, muito contribuíram para fazer do deus da morte uma personagem dramática.
Do ponto de vista simbólico, tânatos é o aspecto perecível e destruidor da vida. Divindade que introduz as almas no mundo desconhecido das trevas do inferno ou nas luzes do paraíso. Tânatos contem um valor psicológico: extirpar forças negativas e regressivas, ao mesmo tempo libera as energias espirituais, relaciona-se de alguma forma com os ritos de passagem, toda e qualquer iniciação passa por uma fase de morte, antes que as portas se abram para uma vida nova.
Quando se abate sobre um ser, se esse orientou sua vida apenas no sentido material, animalesco, a Morte o lançará nas trevas; se, pelo contrário deixou-se guiar pela bússola do espírito, ela mesma lhe abrirá as cortinas que conduzem aos campos de luz.
Não há dúvida de que em todos os níveis da vida humana coexistem a morte e a vida, ou seja, uma tensão entre forças contrárias, mas Tânatos pode ser a condição de ultrapassagem de um nível para outro superior. Libertadora dos sofrimentos e preocupações, a Morte não é um fim em si, ela pode nos abrir as portas para o espírito, para a verdadeira vida: mors ianua uitae, a morte é a porta da vida.
Em sentido esotérico, Tânatos simboliza a transformação profunda que experimenta o homem pelo efeito da iniciação: “O profano deve morrer, a fim de renascer para uma vida superior que lhe confere a iniciação. Se não se morre para o estado de imperfeição, não há como progredir na iniciação.
De acordo com Empédocles de Agrigento (490-430 a.C), a quem Freud recorre, dois princípios governam a mente e a vida do Universo: o Amor e a Discórdia. O amor é o principio unificante, enquanto a Discórdia procura “separar uma das outras as partículas básicas dos elementos” (Freud, 1937ª; 246). O amor envolve crescimento e florescimento; a discórdia entropia e destruição.

A dinâmica Edipiana- amor pela mãe/ ódio pelo pai; sexo com a mãe/ morte do pai- agora é usada para formular uma explanação do Universo. O relato de Empédocles é mítico, enquanto o de Freud tem como base a “validade biológica” (Freud, 1937ª: 245) sendo, portanto uma tentativa e justificativa da cientificidade da psicanálise fundada por Freud.

Estruturas Teóricas Psicanalíticas (Psiquiatria Dinâmica, Glen O Gobbard)

Temos pelo menos quatro grandes estruturas teóricas psicanalíticas: 1) psicologia do ego, originada da clássica teoria psicanalítica de Freud; 2) teoria da relação de objeto, originada no trabalho de Melanie Klein e membros da “Escola Britânica”, incluindo Fairbain, Winnicott e Balint; 3) psicologia do self, originada de Heinz Kohut e elaborada por muitos que contribuíram subseqüentemente e 4) teoria do vinculo.

Psicologia do Ego

No inicio da psicanálise Freud usou seu modelo topográfico, onde os sintomas histéricos eram vistos como resultado de lembranças reprimidas de eventos ou idéias (carregadas de afeto). Freud levanta a hipótese de que uma descrição detalhada da idéia ou do evento traumático poderia eliminar a repressão levando à recuperação das lembranças, e que isso levaria ao desaparecimento dos sintomas.
Por exemplo, o braço paralisado de um jovem pode ser o resultado de um desejo reprimido de bater em seu pai. Podendo expressar, verbalizando e expressando sua raiva, poderia voltar a usar seu braço.
Logo esse modelo começa a falhar, pois ele encontrou resistências por parte dos pacientes diante suas manobras. Algumas lembranças não vinham à consciência, pois os mecanismos de resistência eram eles próprios inconscientes.
Com a publicação de O ego e o id, Freud introduziu sua teoria estrutural tri-partite de ego, id e super ego.
A psicologia do ego afirma que o mundo intra-psiquico possui um conflito interentidades. O superego, o ego e o id brigam entre si, assim como a sexualidade e a agressão esforça-se para expressar e descarregar. Conflito que gera ansiedade, tal ansiedade sinal (Freud, 1926/1959) alerta o ego da necessidade de um mecanismo de defesa; mecanismo de formação do sintoma neurótico funciona dessa forma. O conflito produz ansiedade, que resulta em defesa que leva a um compromisso entre o id e o ego. Um sintoma é uma formação de compromisso que tanto defende contra o desejo vindo do id quanto gratifica o desejo de forma simulada.

Teoria das Relações de Objeto

Para a psicologia do ego os impulsos (sexuais e agressivos) são primários, já na relação de objeto são secundários. Para a psicologia do ego a criança necessita descarregar a tensão sob a pressão dos impulsos. Já na teoria das relações de objeto o impulso surge no contexto de uma relação (ex.: mãe-bebê), sugerindo que os impulsos são primariamente ajustados para a busca do objeto do que para a redução da tensão.
Na teoria das relações de objeto as relações interpessoais, transformam-se em representações internalizadas. Um modelo de amor e experiência positiva é formado nos períodos da amamentação (Freud, 1905/1953). Esse modelo inclui uma experiência positiva do self (a criança mamando), uma experiência positiva do objeto (a mãe atenta e que cuida) e uma experiência afetiva positiva (prazer, saciedade). Quando a fome retorna e a mãe não está disponível, ocorre um modelo de experiência negativa, uma experiência negativa do self (criança frustrada), um objeto frustrante, desatento (mãe não disponível) a partir daí uma experiência afetiva negativa de raiva e talvez de terror.
A internalização das relações de objetos sempre envolve um splitting do ego em suborganizações inconscientes (Ogden, 1983). Elas se encontram em dois grupos: 1) suborganizações do self do ego, ou seja, aspectos do ego na quais a pessoa vivencia suas idéias e sentimentos de forma mais completa como seus próprios, e 2) suborganizações do objeto do ego, por meio das quais os significados são gerados de um modo baseado na identificação de um aspecto do ego com o objeto. Tal identificação com o objeto é tão radical que o sentido original de self da pessoa é quase perdido. (Ogden, 1983, pg.227).

Psicologia do Self

Na teoria das relações de objeto se enfatiza as relações internalizadas entre representações do self e do objeto, já a psicologia do self enfatiza como as relações externas ajudam a manter a auto-estima e a coesão do self.
Tal abordagem surge nos escritos de Heinz Kohut (1971, 1977, 1984) tal abordagem teórica vê o paciente como tendo necessidade desesperada de certas respostas de outras pessoas para a manutenção de um sentido de bem estar. Ela surge então do estudo de pacientes com transtornos narcisistas, diferentes dos neuróticos clássico, histéricos ou obsessivo-compulsivos. Possuíam sentimentos estranhos de depressão ou insatisfações nas relações e eram também caracterizados por uma auto-estima vulnerável, altamente sensível ao desprezo de amigos, família, pessoas amadas, colegas e outros. Kohut observa que o modelo estrutural (psicologia do ego), não explicava a patogênese e a possível cura desses pacientes.
Quando uma mãe deixa de empatizar com a necessidade de seu filho de uma resposta especular (brilho nos olhos da mãe em resposta a manifestação de exibicionismo do filho pequeno). Tais respostas de aprovação são essenciais para o seu desenvolvimento normal. O paciente adulto que “representa” para o seu terapeuta, numa tentativa desesperada de obter aprovação e admiração, pode estar desenvolvendo uma transferência especular.
Transferência idealizadora ocorre quando o paciente percebe o terapeuta como um pai ou uma mãe que acalma e cura. Uma mãe que não oferece a transferência especular para o self grandioso exibicionista de seu filho pequeno, pode também traumatizar essa criança por não oferecer um modelo digno de idealização.
Na visão de Kohut o modelo estrutural de conflito associado à psicologia do ego, não explica essas necessidades narcísicas e especulares. Ele observou um tom moralizante e pejorativo nas atitudes dos analistas, quando ao adotar uma abordagem clássica, causam na realidade muitos danos ao propor que haveria uma transição de um estado narcisismo primário ao amor ao objeto, superando os esforços narcísicos e vindo a se preocupar com a necessidade dos outros. Kohut afirma que as necessidades narcísicas seguem ao longo da vida e formam um paralelo com o desenvolvimento do amor objetal.

Teoria do Vínculo

Têm suas raízes na pesquisa empírica, e embora os trabalhos originais de John Bowlby sobre o assunto já existissem há algum tempo (1969, 1973, 1980), só recentemente passou a ser aceita amplamente pelos psicanalistas. O vinculo é um elo entre a criança e o cuidador, destinado a garantir a segurança e a sobrevivência da criança. Em contraste com a teoria das relações de objeto, a teoria do vinculo afirma que o objetivo da criança não é buscar um objeto, mas um estado físico alcançado pela proximidade com a mãe/objeto (Fonagy, 2001). À medida que ocorre o desenvolvimento, o objetivo físico é transformado num objetivo mais psicológico de obter um sentimento de aproximação com a mãe ou cuidador. O vinculo seguro influencia em muito o desenvolvimento de modelos internos de relacionamentos, que são armazenados como esquemas mentais e levam a experiências com relação a expectativas do comportamento de outros em direção ao self.
Ainsworth e col. (1978) estudaram as estratégias de vinculo num cenário de laboratório conhecido como Situação Estranha. Essa situação, envolvendo a separação de uma criança em fase de aprender a caminhar de seu cuidador, tinha a tendência de desencadear uma das quatro estratégias comportamentais. 1º Crianças seguras que buscavam a proximidade com o cuidador no seu retorno e depois se sentiam confortadas e voltavam a brincar. 2º Crianças com condutas evitativas, que pareciam menos ansiosas durante a separação e desprezavam o cuidador no seu retorno; não demonstravam preferência entre a mãe um cuidador ou um estranho. 3º Crianças denominadas de ansiosas-ambivalentes ou resistentes demonstravam grande estresse com a separação, manifestavam raiva e tensão e agarravam-se ao cuidador quando retornava. 4º Crianças que participam de um grupo denominado desorganizado-desorientado, não apresentavam nenhuma estratégia coerente, qualquer que fosse para lidar com a experiência da separação.
Há evidencias de que tais padrões de vinculo têm continuidade na vida adulta. As quatro respostas que citados anteriormente correspondem respectivamente, as categorias de vinculo adulto: 1) indivíduos seguros /autônomos, que valorizam relações de vinculo; 2) indivíduos inseguros/ rejeitados, que negam, denigrem, desvalorizam ou idealizam ligações passadas e atuais; 3)indivíduos preocupados, que são confusos ou oprimidos pelas relações de vinculo, tanto do passado como atuais e 4) indivíduos não resolvidos ou desorganizados, que, com freqüência, sofreram negligência ou trauma.
Em contraste com a ênfase Kleiniana sobre fantasia intra-psíquica, a teoria do vinculo coloca a negligencia, o abandono e outros traumas precoces reais, bem como os processamentos mentais desses traumas, no centro da teoria psicanalítica

Pulsão (Jacques André; Vocabulário básico de Psicanálise. pag. 127)

“Beber sem sede e fazer amor em qualquer época, senhora, é a única coisa que nos distingue dos outros animais” (Beaumarchais). Se pulsão conservou a força irreprimível do instinto, em todo o resto ela se define principalmente por aquilo que a distingue dele. O instinto é característica de um comportamento inato, geneticamente determinado, comum a uma espécie, à imagem da melificação das abelhas ou da migração dos pássaros. Que resta dele nos homens? Talvez a fome nas situações de penúria, porque quanto ao restante; entre a excitação do gourmet, a recusa da anoréxica e a insaciabilidade da bulímica, a equação entre a necessidade e uma resposta simplesmente adaptada tornou-se impossível. A crise bulímica, sua violência, é uma imagem forte daquilo que pulsão quer dizer, quando já não se trata de se alimentar, mas de preencher o vazio, o de um corpo que o fantasma e a angústia tornaram análogo ao tonel de Danaides (Tonel de Danaides: conseguir algo que ao mesmo tempo vai se perdendo, uma memória que nada guarda um coração que nada satisfaz).
Tudo começa com o instinto sexual. Fora o estado endócrino particular, propício à reprodução, que é o cio, não se observa nas fêmeas mamíferas nenhuma atividade sexual. Exceto em uma… A mulher, e o homem, fazem amor em qualquer época; e nem sempre juntos. Não apenas a sexualidade perdeu a bussolada reprodução, como ainda sua busca de prazer contaminou o conjunto das atividades humanas, inclusive a fome e a sede. A pulsão só duplica o instinto para desviá-lo de seus objetivos. Uma necessidade instintiva “sabe” o que pode apaziguá-la, enquanto “algo na natureza da pulsão se opõe (ao contrario) à plena satisfação” (Freud).
Nunca termina, nunca é o bastante. Jamais o corpo biológico por si mesmo poderá dar conta de tanta loucura. É preciso que o fantasma participe disso, com a condição de não confundi-lo com uma simples fantasia. O fantasma é encravado, como uma unha; está impresso na carne, e sua evocação que a faz tremer.
Pulsão de Morte

O que quer aquele que não quer se curar, que não quer mudar, que só faz repetir a própria repetição, que já não sente prazer, nem mesmo de destruir ou de sofrer, e que o desamparo do outro, que se tornou impotente para ajudá-lo o deixa indiferente. O que quer aquele que não quer nada?
O ódio, a agressividade, a ânsia de destruir integram freqüentemente uma dose de prazer, mesmo que esta não seja perceptível. Tem a grande vantagem de destruir o outro, de levar a morte para fora; enquanto a pulsão de morte é fundamentalmente pulsão de sua própria morte. Ela é como a face negra do narcisismo, quando a expressão do amor de si se transforma em seu contrario, um recolhimento, até o retraimento, quando a animação da vida psíquica parece ter-se tornado o inimigo principal. Eros, contudo, terá dito sua última palavra? De Kierkegaard a Beckett, filosofia e literatura já souberam fazer, do desespero, estética; e já Balzac, com sua Pele de onagro… Livro que Freud escolheu para fazer-lhe companhia em seus últimos momentos: “Exatamente o que me convém, um livro que fala de retraimento e morte por inanição.”

A guerra e a morte ( Freud no divã, pg. 27 )

A catástrofe da 1ª Grande Guerra de 1914-18 impactou o pensamento Freudiano, levando-o a lidar com os problemas de ser um indivíduo sociedade. A sociedade oferece vantagens como sensação de comunidade, associação, apoio contra forças da natureza, também determina o refreamento dos instintos animais que fazem parte de nossa natureza. Controlar e dominar os desejos por sexo e violência.
Até então, tinha seu interesse concentrado nos instintos sexuais, como entender a natureza da sexualidade e sustentado que os humanos maximizam o prazer e evitam a dor, dando o nome de ”principio de prazer”.
À medida que amadurecemos, os excessos do desejo por prazer devem ser refreados pelo reconhecimento da realidade (princípio da realidade), que permitem que vivamos em sociedade. A guerra o levou a uma reflexão diferente, de como podemos entender a fontes da agressividade humana? Então, Freud especula que outro instinto se apresenta ao lado do instinto sexual criativo, um instinto que busca o retorno á tranqüilidade anterior à vida animada, uma pulsão que busca a desintegração e a morte.
O princípio do prazer é primário no sentido de estimular o organismo para a gratificação imediata, impulsiva e satisfaz os desejos, ligado ao inconsciente, já o principio da realidade permite que o organismo tolere adiamentos da gratificação. Esse é um processo secundário, que exercita o pensamento, permitindo certa separação dos impulsos sexuais, e, direcionando a energia para o pensamento, o trabalho e a diversão.
O principio da realidade estabelece mecanismos e o “principal” a sublimação não é um repressor aos impulsos sexuais, mas sim um redirecionamento da energia libidinal para uma adaptação necessária a realidade.
Freud reconhece que os princípios do prazer e da realidade não são realmente antagônicos, pois os dois visam à descarga da tensão. O prazer é o resultado psíquico da descarga de uma quantidade de excitação, estimulo ou tensão que surge no organismo, já o princípio da realidade é apenas um processo adiado, modificado para alcançar o mesmo objetivo: o prazer. Em resumo, todo o comportamento está serviço de redução da tensão.
Freud observa um comportamento contraditório, já que o aumento da tensão é desagradável e o alivio da excitação é agradável, como entender o comportamento de ferir a si mesmo, como o masoquismo, as neuroses de guerra, em que o próprio sono do paciente repetia o trauma assustador, não satisfazendo o objetivo primário de gratificar um desejo e não salvaguardar o sono!
Freud observa seu neto de um ano e meio brincar, muito ligado a mãe, que todo o dia o abandonava por horas. Ele não reclamava, mas inventou um jogo ao atirar um carretel no berço e logo voltava a puxar, e emitia um som ao atirar, um som para a palavra fort longe em alemão e o som para da que em alemão significa aqui, presumidamente estava repetindo o sumiço e a volta da sua mãe.
Em minha opinião este comportamento do neto está mais para um mecanismo de defesa, para que não venha a sentir a angustia da separação do que ficar repetindo uma situação traumática. Na realidade o comportamento repetitivo parece estar a serviço da psique, demonstrando que o que vai, pode voltar. (A criança sendo atemporal não elabora como um adulto a condição psíquica de afastamento da situação traumática.)
A pergunta de Freud foi: como a repetição de uma experiência desagradável se encaixa no principio do prazer? O que ele chamou essa tendência enigmática de reviver situações desagradáveis ou traumáticas de: compulsão a repetição.
Na medida em que Freud procura compreender a destrutividade, concentrar sua atenção no instinto sexual, libido, associado à busca do prazer, já não parece fazer sentido. Dai a impressão que há outro principio atuando, que busca a destruição e não o prazer, que ele descreve como “instinto de morte”
Freud ficou envolvido com as implicações teóricas da interrupção da análise de Dora. “Na reação terapêutica negativa” o paciente, aparentemente sem explicação, procura sabotar o sucesso de uma análise. No momento que chegam ao ponto em que é possível o verdadeiro progresso, eles voltam para os comportamentos e modelos destrutivos que os levaram a analise no inicio. Ele indaga, por que, se nenhum prazer adviria de um retrocesso desses. O que estaria então subjacente a este tipo de repetição. Posteriormente, esse fato o levou a reflexões que permitiram identificar um fenômeno que na visão de analistas como Melanie Klein, vai se tornar um dos aspectos mais importantes da pratica psicanalista, onde Freud percebe que impulso e fantasias são despertados e trazidos a consciência durante o processo de análise, que Freud define da seguinte forma: Novas edições ou fac-símile dos impulsos e fantasias que são despertadas e trazidas à consciência durante o processo de análise; mas elas têm essa peculiaridade, que é característica de sua espécie, de substituir alguma pessoa anterior pela pessoa do analista (Freud 190 5º: 116).
No caso Dora, Freud se depara com a força desse fenômeno de transferência basicamente hostil, que ela cria entre o pai e ele. Ele se impressiona pela forma como a análise terminou. Talvez não tivesse sido tão chocante se ele tivesse reconhecido que Dora tivesse feito tal transferência. Vingar-se do pai, que ela ama, e que a entregou ao marido da amante, melhor através de Freud que representou o pai. Ao encerrar a análise sem aviso, foi um jeito de causar dor ao analista/pai. Invalidando a tese de um ato repetitivo como busca do sofrimento. (Transferência e Contratransferência – Trabalho de conclusão de curso; José Carlos, 2016)

O Sofrimento e o Cérebro (John Bradshaw, volta ao lar, pag. 100)

O cientista Paul D. MacLean apresentou um modelo de cérebro que nos ajuda a compreender como somos afetados pelo trauma. Ele descreve o cérebro como uma “tríade”, ou composto de três partes. Esses cérebros dentro do nosso cérebro são nossa herança evolutiva. Cérebro réptil ou visceral, o mais antigo e primitivo. Nele temos contida nossa estratégia mais primitiva para a segurança e sobrevivência, a repetição. Exemplo: um lagarto tem uma vida simples: sua vida é sair toda a manhã, esperando comer algumas moscas e mosquitos sem ser comido. Encontrando uma boa trilha, ele a repete até morrer. Essa repetição tem valor de sobrevivência. O cérebro visceral é responsável também pela manutenção das funções físicas automáticas do nosso corpo, como respirar.
O próximo cérebro dentro do nosso cérebro é o paleomamífero, ou cérebro do sentimento (sistema límbico). A energia emocional entra em cena quando os mamíferos de sangue quente entram no cenário evolutivo. O sistema límbico abriga sentimentos de prazer, raiva, medo, tristeza, alegria, vergonha, de nojo e a reação negativa a um cheiro desagradável.
O sistema mais sofisticado dentro do nosso cérebro é o neocórtex, o cérebro pensante. Esse foi o ultimo a evoluir; a uns dois milhões de anos. Permite que raciocinemos, usemos a linguagem, possamos planejar com antecedência e resolver problemas complexos. São sistemas independentes, porém, trabalham juntos mantendo assim o equilíbrio de todo cérebro. O equilíbrio do sistema cerebral é governado pela necessidade de manter os sofrimentos no nível mínimo.
Os sofrimentos ocasionais da vida não são problemas para o cérebro, que usa a expressão das emoções para manter o equilíbrio. Quando o sofrimento chega a um certo nível, explodimos de raiva, choramos de tristeza, ou transpiramos e trememos de medo. Os cientistas demonstraram que as lágrimas removem os hormônios estressantes que se formam durante uma crise emocional. O cérebro naturalmente procura o equilíbrio por meio da expressão das emoções, a não ser que se tenha aprendido a inibi-las.
Crianças de famílias disfuncionais aprendem a inibir a expressão da emoção de três formas. Primeiro, quando não tem o reflexo ou a resposta necessária, literalmente não são vistas. Segundo, não possuem modelos saudáveis para denominar e expressar as emoções. Terceiro, são envergonhadas e/ou punidas por expressar emoções. As crianças de famílias disfuncionais geralmente ouvem coisas como: “Eu vou te dar um motivo para chorar”. Se levantar outra vez a voz para mim, te arrebento. Geralmente são castigadas fisicamente por demonstrar medo, raiva ou tristeza.
Quando as emoções são inibidas, ou quando a tensão se torna avassaladora e crônica, o cérebro tem dificuldade para manter o equilíbrio. Ao ocorrer uma tensão traumática o sistema do cérebro adota medidas extraordinárias para manter o equilíbrio. São as defesas do ego.
Quanto mais cedo as emoções forem inibidas, mais profundo é o dano causado. Neurocientistas demonstraram que o cérebro visceral predomina nos estágios mais adiantados da gravidez e no primeiro período pós-natal. O sistema límbico começa a funcionar já nos primeiros seis meses de vida, permitindo que se efetue a precoce união importante com as sensações da mãe.
O neocórtex está em formação nos primeiros anos de vida, e o cérebro pensante precisa de ambiente e estímulos adequados a fim de desenvolver normal e saudável o seu crescimento cognitivo.
Sendo o cérebro visceral responsável pelos problemas de sobrevivência e governado pela repetição, a idéia de marca permanente faz sentido. O neurocientista Robert Isaacson diz que é muito difícil desenraizar as lembranças traumáticas, porque são lembranças de respostas de preservação da vida.

Repetição compulsiva: (O reprimido não nominado, sempre se repete, principalmente a quem nós direcionarmos nosso amar ou amor) LM.

A pesquisa neurológica corrobora o que qualquer psicoterapeuta, desde Freud, sabe que os neuróticos têm compulsão para a repetição.
Neurocientistas sugerem que impressões neuronais ampliadas, de experiências estressantes, provocam a distorção da reação do organismo do adulto aos estímulos. Experiências dolorosas de longa duração gravam novos circuitos no cérebro, preparando-o assim para reconhecer como cada vez mais dolorosos certos estímulos que outra pessoa não chega a notar.
Uma vez estabelecido o material central na infância, ele atua como um filtro supersensível para moldar eventos subseqüentes. Quando um adulto que passou na infância por experiências traumáticas, experimenta uma situação similar atual; a resposta original é detonada, tornando-se um individuo reativo.
O autor cita uma experiência pessoal durante uma viajem de navio visitando capitais da Europa. Ao chegar a Havre, na França, sua filha sugeriu que eles deviam ir de trem para Paris em vez de irem de ônibus da excursão, que demoraria mais duas horas. Ele cita que sua filha teve poucos traumas na infância, e que ela se mostra espontânea, curiosa e adora aventura. “Sugestão dela o levou a mergulhar em ruminações obsessivas, acordou varias vezes durante a noite, imaginando catástrofes como:” E se o trem descarrilasse? “E se o trem atrasasse e o navio partisse sem eles”. A sugestão da filha causou uma intensa reação nele. Quando ele percebe que foi traumaticamente abandonado pelo pai quando criança, reconhece que os pensamentos obsessivos centralizavam-se em não chegar a tempo de tomar o navio – o medo de ser deixado para trás.
Diante do citado, podemos deduzir que a compulsão à repetição está mais ligada às experiências vividas durante o psico-desenvolvimento, pelas marcas que as experiências deixam, tanto na psique quanto no cérebro. Mais do que um impulso inato (pulsão de morte), tem como conseqüência das experiências pessoais no ambiente familiar e cultural.

Freud na Clinica (Freud no Divã- pg. 63-6)

Ao atender seus clientes ele tinha a preocupação de produzir algum tipo de cura, procurando ajudá-los a transformar sua “aflição” em uma infelicidade comum. (Breuer e Freud, 1893-95: 305).
Examinando a ligação entre essas duas palavras, a primeira é uma versão extrema da segunda, mas está associada a uma opinião geral de Freud do que é ser humano, que para ele, o animal humano nunca pode estar totalmente feliz ou satisfeito. Tudo o que ele pode almejar é a insatisfação banal, a sina comum da humanidade. O trabalho na clinica de Freud dá um peso ao pensamento de Thoreau: “A maioria dos homens levam vidas de mudo desespero”.
Tendo que viver em comunidade, para sobreviver à hostilidade do mundo em que vivemos, a sociedade cobra um preço: os impulsos instintivos do sexo e agressividade devem ser sublimados e controlados se quisermos viver juntos. Como tudo tem um preço, ela oferece proteção e tira nossas liberdades instintivas e básicas. O desejo nem sempre pode ser expresso com liberdade. O animal humano é forçado, como já foi dito anteriormente, com os estresses e insatisfação dessa restrição.
O recalque de desejos básicos é uma característica fundamental do entendimento de Freud dos processos mentais (das neuroses)
O inconsciente é o repertório desses recalques. Ele distingue o paciente de um individuo normal por grau. Diante pensamentos inaceitáveis, os “doentes” formam sintomas, e os não “doentes” arrumam meios mais ou menos adequados para lidar com os desejos, permitindo que vivam bem no mundo. Podem sublimar esses sentimentos transformando-os em criatividade, religiosidade ou filosofia (“Freud, 1930: 78-85”)
Os impulsos sexuais e principalmente de agressividade, quando reprimidos, e, sabendo da importância da agressividade para conquistar espaço, defender território, buscar e agarrar seu pedaço, podem se transformar, por uma retroflexão, num desejo de morte?
Alem da repressão, podemos considerar que a agressividade reprimida e mal dirigida dos pais, do ambiente, pode se tornar um fator importante na estruturação de uma personalidade niilista.

Agressividade (Laplanche e Pontalis, Vocabulário da Psicanálise)

“Tendência ou conjunto de tendências que se atualizam em comportamentos reais ou fantasisticos que visam prejudicar o outro, destruí-lo constrangê-lo, humilhá-lo, etc. A agressão conhece outras modalidades alem da ação motora violenta e destruidora; não existe comportamento, quer negativo (recusa de auxilio, por exemplo) ou efetivamente concretizado, que não possa funcionar como agressão.
A psicanálise atribuiu uma importância crescente à agressividade, mostrando-a em operação desde cedo no desenvolvimento do sujeito e sublinhando o mecanismo complexo da sua união com a sexualidade e da sua separação dela. Esta evolução das idéias culmina com a tentativa de procurar na agressividade um substrato pulsional único e fundamental na noção de pulsão de morte.

Repetição Externa (John Bradshaw)

Sabemos que uma criança ferida repete com seus atos as carências não atendidas na infância e o trauma não resolvido. Sabemos que as emoções são o combustível com o qual nos defendemos e com o qual procuramos atender nossas necessidades básicas (e-moção: energia em movimento). Essa energia é fundamental. Nossa raiva nos movimenta para a defesa. Quando estamos zangados, tomamos uma posição, ficamos “loucos para lutar”. Com essa raiva, nos protegemos e lutamos por nossos direitos.
O medo nos move para fugirmos do perigo, nos dá discernimento. Ele protege, informando que o perigo está próximo que é grande demais para ser enfrentado, ele nos faz correr e procurar um refúgio.
A tristeza nos faz chorar. Nossas lágrimas são purificadoras e nos ajudam a resolver a tristeza. Com tristeza, lamentamos nossas perdas e liberamos nossa energia para ser usada no presente.
Quando não podemos lamentar, não terminamos com o passado. Toda energia emocional relativa à nossa tristeza ou trauma se congela. Não resolvida e não expressa num lamento normal e saudável, se expressa por meio de um comportamento anormal, que chamamos de “repetição externa”
Temos também o chamamos de Repetição Interna, que consiste em repetir em si mesmo as violências do passado. Nós nos punimos como nos punias na infância. Tem pessoas que ao cometerem um erro dizem coisas como: ”Seu idiota, como pode ser tão burro? Às vezes chegam a bater no próprio rosto com os punhos fechado. (Tinha um cliente em que a mãe fazia isso com ele, quando era pequeno.)
A emoção do passado, não resolvida, geralmente é usada contra a própria pessoa, Joe, por exemplo, quando criança, era proibido de expressar sua raiva. Tinha muita raiva da mãe porque ela não o deixava fazer nada sozinho. Assim que ele começava qualquer coisa, ela corria para ele, dizendo coisas como: “Mamãe precisa ajudar seu docinho de coco”, ou, “Você está fazendo direitinho, mas deixe a mamãe dar uma ajudinha”. Joe admitia que até agora, já adulto, ela fazia o que ele podia fazer sozinho. Joe aprendeu que devia ser completamente obediente e que expressar a raiva é pecado. Assim, Joe virou a raiva contra si mesmo. Como resultado, sentia-se deprimido, apático, inepto e incapaz de atingir seus objetivos.
A energia emocional que é repetida contra a própria pessoa pode provocar graves problemas físicos, incluindo distúrbios gástricos intestinais, dores de cabeça, tensão grave, artrite, asma, ataques cardíacos e câncer. Ser sujeito a acidentes é outra forma desse tipo de repetição da violência. A pessoa provoca o acidente como uma forma de autopunição. Pela descrição fica clara a ação externa que ao não permitir que as pessoas expressem suas emoções, leva a uma repetição tanto para fora como para dentro, não como uma “pulsão de morte” e sim numa ab-reação, procurar reeditar a situação traumática, numa tentativa, muitas vezes improdutiva, de reparar o mal feito.

Freud: Auto-critica a respeito do seu próprio conceito de Pulsão de Morte.

Freud é freqüentemente descrito como alguém com um excesso de interesse pelo sexo; e como veremos, ele escreveu muito sobre o tema. No entanto também tratou da morte. Uma de suas sugestões mais controversas é a de que exatamente da mesma forma que os seres humanos são moldados pela pulsão sexual que leva a criação de coisas novas, ao crescimento e a em existe uma “pulsão de morte”, que os atrai na direção de ciclos destrutivos de repetição, desintegração e, por fim, a bem vinda simplicidade de não ser. Embora Freud seja fascinado por essa possibilidade e anseia por investigá-la, ele também a critica, sem ter certeza sobre seu mérito e sobre ser possível fornecer boas provas para uma noção desse tipo:
“Podem perguntar se estou convencido e até que ponto eu estou convencido da veracidade das hipóteses expostas neste trabalho. Minha resposta seria a de que eu mesmo não estou convencido e que não procuro persuadir outras pessoas a acreditar nelas. Ou, para ser mais preciso que não sei até que ponto eu acredito nelas (Freud, 1920:59)

CONCLUSÃO

Freud considerou que os seres humanos são regidos pelo principio do prazer, como bom sexo, comida boa, conforto e diversão. Como entender que as pessoas continuam agindo de uma maneira que os fazem sofrer. È um contra senso! Vejo mais um contra ponto entre o principio do prazer e o principio da realidade do que uma “pulsão de morte” instintiva, que se assim fosse não seria pulsão e sim instinto. O instinto que se manifesta é o da agressividade, importante para que o indivíduo conquiste seu território, agarre seu pedaço tanto físico como afetivo. Esse instinto submetido às contingências da realidade manifesta-se muitas vezes como ódio, por uma raiva não manifestada, devido à repressão, sendo que própria socialização também reprime os desejos que não podem se manifestar e só o faz pela formação de um compromisso, através dos mecanismos de defesa, onde esses impulsos são liberados de uma forma adequada ao principio da realidade. Papel do mundo exterior na formação da identidade e conseqüentemente como estruturamos nosso self. Um ambiente adverso, mal estruturado, pode levar a uma fragmentação do ego e advir um desejo de não estar no mundo. Os animais possuem um instinto fundamental para sua sobrevivência que é a agressividade, que no homem por conta da socialização (domesticação) fica reprimida em sua expressão plena, mesmo sabendo que ainda temos um cérebro primitivo; a agressividade torna-se pulsional, com inúmeras representações e inadequada para conseguir as coisas de forma direta e sim através de sublimações e outros mecanismos de defesa. Podemos ponderar que a pulsão de morte está mais pelo bloqueio de se expressar, e também pelo que vimos nos parágrafos acima ambiente adverso, péssima representação dos objetos e por conseqüência uma péssima noção do próprio self. Vimos à importância de uma boa estruturação do ego; de uma relação de objeto e do self com boas marcas representativas que colocarão o indivíduo seguro diante do mundo; um self reconhecido e admirado no momento adequado (fase Narcísica), que no futuro dependerá pouco do reconhecimento do outro, e, a formação de vínculos primários seguros, que permitirão no futuro vínculos seguros e maduros. Diante de tanta influência que pode ser positiva ou negativa, podemos pressupor que a “pulsão de morte!” seja resultado de situações vividas de forma precária afetiva, emocional e psicológica, onde o sofrimento passou do suportável.
“O que permaneceu incompreendido retorna, como uma alma penada, só repousa quando encontrar solução e absolvição” (Freud)
Realmente é uma teoria altamente controvertida, pois a ênfase que Freud dá aos instintos para entender o comportamento do caráter do individuo, foi em grande parte suplantada nas teorias psicanalista posteriores a sua morte, que concentram o foco em “relações de objeto”, onde a relação da criança com os pais e não forças instintivas são importantes para se entender de que forma moldamos nossa vida e nossas relações. Alem disso, possuímos como já foi descrito acima, um cérebro reptiliano que atua basicamente para a sobrevivência animal, onde o que se manifesta é a agressividade e não um impulso para própria morte, O conceito termodinâmico da Entropia (Movimento natural que leva todas as coisas, biológicas ou mecânicas que exercem trabalho, de volta a massa da terra-Dicionário informal), parece não aplicável ao corpo psíquico organizado em torno de linguagem, tanto oral como visual.

Trabalho de Conclusão de Curso Mestrado Institucional Livre do Percurso ABMP-DF
Aspirante: Dr. José Carlos Martins Mendes de Carvalho
É Dentista e Psicanalista do Percurso da ABMP-DF
Coordenador da turma Prof. Luiz Mariano
www.abmpdf.com

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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