A psicanálise permite repensar esse sentir, essa falta e essa necessidade de “amar” considera que o amor pode ser uma miragem uma espécie de ilusão do desejo infantil e recalcado, mas que isso não necessariamente leva à desilusão.
Explicação e implicação:
Para Freud e Lacan, o amor é uma ilusão porque o sujeito direciona seu amor ao que ele gostaria de ser ou possuir.
O amor é uma experiência que convoca uma discussão e discurso que envolve metafísica, ou seja, se o que estamos sentindo é parte da realidade ou uma ilusão, ideação, projeção…
O amor é um paradoxo que mistura desejo, ilusão e sofrimento.
Ninguém ama sem sofrer ?
O amor é uma disposição mútua de satisfazer aquilo de que o outro necessita, mas que falta em mim, tenho a ilusão que o outro ou outra o têm.
O amor é dar o que não se tem, reconhecer sua falta e doá-la ao outro. (Lacan).
Considerações:
O amor é uma experiência que exige uma sustentação maior.
A ruptura de uma relação amorosa demanda , dor, perda, é um trabalho psíquico, a travessia de um processo de luto.
A dificuldade de superar o ressentimento decorrente do término de uma relação amorosa pode dificultar a rela/boração da ferida narcísica.