A Felicidade mora na magia do acaso…
No escutar da laicidade da psicanálise é que o sujeito que quiser ser sempre bom, nunca será o suficiente bom para o outro na demanda do desejo e do narcisismo.
E corre sério risco de ser explorado em sua pretensa pratica de bondade, dentro do seu clã familiar edipico.
Nessa situação haverá trocas e negociatas bizarras, sublimadas em qual só o neurótico se permitira e até adoecimentos em nome do “outro”.
(Lacan) diz: “
Felicidade não é bem que se mereça”
Talvez porque a “Felicidade” para psicanálise não seja um “negocio” a “Felicidade” a não é a realização e a conquista material ou patrimonial dentro da sociedade ou seu clã familiar.
Felicidade é o sujeito se qualificar pela vida com o que se pode ter e pelo seu próprio mérito e isso é bem diferente.
Felicidade é o sujeito ser e ter uma vida qualificada e isso é bem diferente de ter qualidade de vida margeada pelo consumo.
A Felicidade na psicanálise é o encontro com o “acaso”, felicidade é a magia das palavras que qualifica o sujeito para a vida que ele pode; e que ele tem toda capacidade de ressignificação do seu pensar e da sua angustia do desejar.
A palavra é magia na psicanálise, ela ressignifica e da novos olhares, escutares e sentidos na vida., não existe nada além dessa palavra, a palavra da linguagem do (ics).
O imaginário só existe na expressão da palavra, o imaginário só consome além da conta quando a palavra não se articula, não se resolve no pensar do sujeito “consumidor”.
Essa palavra não é a “fala , blá, bla,blá ” as queixas e mentiras que se vive do dia-dia, que não movem o sujeito.
A palavra da psicanálise * (em análise) pode até recriar um no gênesis do repensar o que se pensava que era.
A palavra na psicanálise embora vai na contramão de muitos costumes, falas e usos, é aquela em que o sujeito pode livremente expressar o seu desejo.
A psicanálise vai sempre pela contramão do que se fala e palpita por ai, se escreve e se diz por aí.
No percurso de psicanálise cada um ao seu tempo, e cada um pode ou não se permitir ao “acaso”, acaso novos pensares vai descobrir que estamos numa sociedade cheia de sujeitos bons e moralizados e infelizes e ao mesmo tempo os bons e moralizados são só uma máscara.
A psicanálise dá um basta a fala sem sentido, de um blá, blá, blá que não muda nada nas relações familiares e afetivas.
A felicidade mora nas palavras do desejo inominado e esquecido da infância do sujeito criança de cada um de nós.
Bons pensares e repensares a todos!
Dr. Luiz Mariano
Ano: 20