“CUIDAR”

“CUIDAR”

Uma consideração: a criança precisa de tempo para  saber exatamente o que fez, e  que não foi adequado.

A irritação (raiva, explosão) dos pais com a criança, não permite que ela pense a respeito do seu comportamento.

Ela age por impulso, ainda não tem o sistema nervoso desenvolvido para diferenciar o certo do errado, leva tempo.

Serve mais para os pais extravasarem a própria raiva reprimida.

Cuidados:

– Não descarregar os próprios ressentimentos e frustrações na criança.  

– O comportamento também é linguagem; o que a criança está “dizendo” agindo de forma inadequada ?

– É muito comum alguns pais, ao invés de corrigir o comportamento, estabelecerem uma característica negativa para a criança, exemplo: você não faz nada certo; você tá doida; você é preguiçosa; você é má, não merece confiança…etc.

Aí já está formado o protocolo para uma vida desastrosa, pois, os filhos farão de tudo para corresponder a “expectativa” preanunciada  dos pais.

Além de estabelecer um padrão, que irá invariavelmente repetir com os filhos, são as neuroses (obsessivo-compulsivo, fobias, histeria…etc) que  possivelmente desenvolverão, para ocultar sentimentos e emoções como: Raiva, medo, culpa e vergonha.

Triste sina!

Nao é fácil, porém  esse cuidado ao corrigir, vai permitir uma coesão do Self da criança, impedindo que ele (self), no futuro, não se fragmente diante de críticas ou desprezo de alguém.

Há que se reconhecer que não é fácil oferecer o que não se teve. Uma “boa” psicoterapia pode ajudar.

Dr. José Carlos M. M. de Carvalho
É Dentista e Psicanalista – DF